Mas que diabos. Minha perna, o que aconteceu com ela? Estive desmaiado? Num ato súbito, levanto-me; não faço idéia de onde estou, minha visão está ofuscada, pelo escuro e pelo leve nevoeiro que toma conta do recinto. Por um momento esqueço-me de minha perna, estudo a sala, está fechada, a claridade entra fraca por uma pequena janela de onde apenas se passa um pequeno filete de vento, o ar está carregado, um cheiro de cadáver paira no ar, certamente não estou em casa, e, parece que por algum motivo alguém me quer aqui.
Olho para minha perna o sangue escorria, não sei de onde surgiu esse corte, ela mal podia se mover, e, no atual estado que eu estava, continuar a perder a quantidade de sangue que eu estava perdendo não me faria bem. Rasgo um retalho da minha camiseta verde que ganhará no ultimo natal, amarro em minha perna para fazer o sangue parar de escorrer, ele para, talvez por um instante, eu não sei ao certo, mas sei que aquilo provavelmente iria me ajudar, pelo menos ajudou aquele aventureiro do canal de TV.
Próximo passo, olhar em volta, a essa altura meus olhos haviam se acostumado com a escuridão desta sala, mas mesmo assim não se podia ver mais de um metro a frente, acho um pequeno cepo de madeira, poderia usar aquilo como uma bengala. Procuro apalpando por um interruptor ou alguma porta que possa me levar para fora desse lugar macabro, porém não encontro nada, minha respiração começava a ficar pesada, e na verdade, já não tinha certeza se estava vivo, isso tudo não me parece nada real; minha cabeça doía, havia um galo nela, uma pancada talvez; porém o fato é que eu estava começando a cambalear, procuro mais um pouco por algum artefato que possa ser de ajuda, mas, a única coisa que encontro são ratos e algumas teias de aranha.
Fico de joelhos no chão, pronto para gritar por socorro, porém, como se fosse um trovão, escuto um barulho vindo de fora da sala, meu coração começava a bater mais forte, minha respiração ficou pesada, apenas estava concentrado nesse barulho, de onde vinha. Olho para minha esquerda e vejo um objeto de metal começando a virar, o barulho de ferro enferrujado ecoou como uma bomba em meus ouvidos, o desespero começa a bater, quando a porta se abre, vejo um homem parado em minha frente, em sua silhueta eu podia ver cabelos longos, era um homem alto, e trazia uma coisa em sua mão, eu tentava organizar meus pensamentos, mas o medo já tomara conta de mim, eu não conseguia me mexer, falar, e muito menos pensar, quando ele começou a vir em minha direção, a única coisa que eu consegui sussurrar gaguejando foi "Adeus".
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