segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Galera, Poesia pra quem curte


Mal Secreto

Se a colera que espuma, a dor que mora
n'alma, e destrói cada ilusão que nasce,
tudo o que punge, tudo que devora
o coração, no rosto se estampasse

Se se pudesse o espirito que chora
ver através da máscara da face,
quanto gente talvez, que inveja agora
nos causa, então piedade nos causasse

Quanta gente que ri, talvez consigo
guarda um atroz, recôndito inimigo
como invisivel chaga cancerosa

Quanto gente que ri talvez existe
cuja única ventura consiste
em parecer venturosa.

Raimundo Correa

Um comentário: